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#07 | 18 de Junho 2007
         
 



Francisco Jaime Quesado
“Os actores empresariais e sociais têm que protagonizar um jogo claro – o da coopetição”

 

Que conclusões tira da assumpção do desajustamento à realidade europeia e global da Agenda de Lisboa?
A Agenda de Lisboa constitui um referencial central na abordagem das questões da competitividade estratégica e do modelo de desenvolvimento da União Europeia, no quadro duma Economia Global cada vez mais exigente. A sua inoperacionalidade resulta da baixa sensibilização operativa da sociedade civil, ineficiência do Estado na sua relação estratégica com os cidadãos e manifesto desajustamento entre o tecido empresarial e as "redes universitárias" em apostas sustentadas na criação de valor para os mercados.

Quais os “pólos de competitividade” em que o país deve apostar?
O Modelo dos "Pólos de Competitividade" configura uma aposta clara na selecção de "Clusters de Inovação" em zonas territoriais delimitadas em que se valorizam as competências endógenas associadas a Centros de Excelência no desenvolvimento de novas opções estratégicas para o futuro. Na linha do pensamento de Michael Porter, deve-se privilegiar um compromisso adequado entre a renovação de "sectores tradicionais" (exemplos do têxtil/calçado, cortiça, turismo) com apostas de "agarrar" novas áreas (automóvel, electrónica / semicondutores, novas energias).

O que é que deve ser feito para Portugal entrar no roteiro do Investimento Directo Estrangeiro de Inovação?
Portugal tem que entrar no roteiro do Investimento Directo Estrangeiro de Inovação e para tal tem que seguir os seguintes passos: primeiro, definir com clareza os "Pólos de Competitividade" em que quer apostar; segundo, estabelecer uma política clara de marketização internacional desses "Pólos", tentando envolver desde logo grandes multinacionais na definição estratégica das opções tomadas; finalmente, como consequência desta actuação estratégica, garantir as melhores "condições operativas" que sustentem a captação de IDE de Inovação.

Qual o papel das agências públicas na dinamização da relação entre Empresas Líderes, Universidades e Centros I&D?
As Agências Públicas têm um papel crucial na criação das condições ambientais adequadas à dinamização duma política estruturada de interface entre os actores da Inovação. Compete-lhes um papel de alavancagem inicial e de posterior regulação futura das intervenções assumidas por parte de empresas, universidades e centros I&D, no quadro duma definição estratégica clara para todos.

Como se inter-potenciam competição e cooperação?
Na moderna Sociedade do Conhecimento e Economia Global, os actores empresariais e sociais têm que protagonizar um jogo claro - o da coopetição - assumir o quadro competitivo numa lógica de cooperação operacional balizada por um claro compromisso de cruzamento de competências e partilha de vantagens qualificadas.

Qual é a “escola nova” que o país precisa?
A "escola nova" tem que se assumir como o centro de excelência onde o talento e a tolerância criem verdadeiras plataformas de formação para o futuro e de capacidade de resposta positiva aos crescentes desafios duma economia competitiva cada vez mais exigente.

Biografia
Economista e MBA, Gestor do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento.

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