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#30 | 20 Fevereiro 06
 

Professor J. Gary Shansby em Marketing Estratégico na Haas School of Business, Universidade da California, Berkeley, EUA

Especialidades: Estratégias de concorrência, Economia e organização industrial, Customer Relationship Management (CRM), Estratégias para a Internet, Organizações e Incentivos.

Coordenador do Painel de Avaliação dos Centros de Investigação em Portugal em Economics e Business em 1999 e em 2003.

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J. Miguel Villas-Boas
"O Estado tem a função de manter competitivo o mercado do capital."

Qual a expressão das oligapolias na actual economia global?
A actual economia global caracteriza-se por uma maior abertura do comércio internacional, dos fluxos internacionais de capital, e do mercado de controlo de empresas. Um comércio internacional mais aberto induz uma maior concorrência em cada mercado. Uma maior abertura dos fluxos internacionais de capital e do mercado de controlo de empresas permite que os recursos de capital e de gestão sejam afectados mais eficientemente. No entanto, esta maior abertura também permite uma maior consolidação de empresas, gerando empresas maiores ao nível global. Estas empresas maiores poderão ser mais eficientes, mas também poderão induzir menor concorrência em cada mercado local. Dada a sua dimensão estas empresas poderão ter ainda maior poder de lobby sobre as autoridades anti-trust.

O que distingue, na substância, o ensino da Economia em Portugal e nos EUA?
Ao nível da licenciatura, o ensino da Economia não difere muito entre as melhores universidades em Portugal e as melhores universidades nos EUA. Isto resulta de uma importação recente de doutorados de qualidade das melhores universidades dos EUA e da Europa para as melhores universidades Portuguesas. Para o futuro esta situação só se manterá se houver suficiente apoio (e incentivos) à investigação em Portugal, a um nível superior ao actual (para que os docentes actuais se mantenham actualizados) e se houver uma continuada importação de doutorados.

Em que é que Portugal poderia ser mais competitivo?
Esta é uma pergunta para os empresários Portugueses. Quem decide em que sectores Portugal poderá ser mais competitivo deve ser quem investe o seu esforço e empenho na produção de produtos e serviços. O Estado tem, no entanto, a função de manter um sistema jurídico eficiente, e de manter os mercados dos factores em Portugal competitivos, nomeadamente o mercado do capital, para que os empresários Portugueses estejam na mesmas condições que os seus concorrentes noutros países.

Qual o futuro das identidades nacionais no contexto da economia de mercado?
Não é claro que o futuro das “identidades nacionais” seja afectado pela economia de mercado, positiva ou negativamente. Claro que uma empresa em dificuldades gosta de ser classificada como parte da “identidade nacional” se essa classificação lhe permite obter benefícios do Estado. Este “jogo” poderá levar no entanto a uma ineficiente afectação de recursos, apoiando o Estado os menos eficientes. Argumentos deste tipo deverão ser baseados em claras e importantes externalidades para os Portugueses.

Portugal, o que parece visto do outro lado do Atlântico?
Um país cheio de potencial.

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Editor
António Coxito
Produção
Ricardo Melo
Design
Luís Silva
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