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#18| 28 Novembro 05
 

Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa (UNL), em Ciência dos Materiais (Microelectrónica e Optoelectrónica), desde 2001
Presidente do Departamento de Ciência dos Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da UNL, desde 1996
Director do CEMOP/UNINOVA, desde 1992
Agregação em “ Engenharia dos Materiais, especialidade em Materiais Semicondutores e Microelectrónica” (1988), na UNL
Doutorado em “Conversão de Energia e Materiais Semicondutores” pela FCT, da UNL (1982)
“Chairman” da “European Materials Research Society” (2005 e 2006)
“Chairman” da 21 ICANS, “International Conference on Amorphous and Microcrystalline Semiconductors” (Setembro 2005)
Membro fundador do European Materials (Junho 2004)

«Alpha Solar» é o nome de um projecto liderado por uma empresa multinacional holandesa e que integra a UNL. O objectivo é construir células solares fotovoltaicas flexíveis. Em vez dos habituais painéis solares, os investigadores estão a desenvolver um material adaptável à telha e que, além da vantagem estética, apresenta excelentes resultados na retenção da luz solar.

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Rodrigo Martins
“A energia que tenho é-me rentável.”

No advento das centrais de fusão, qual a relevância que pode ter a energia solar?
As novas centrais de fusão nuclear (à base de Li e como resultado do projecto ITER), estarão em possível funcionamento, daqui a 20 anos! Este tema foi recentemente abordado na Rhine-Ruhr International Materials Conference and Award 2005, realizada de 23 a 24 de Outubro em Essen, Alemanha e promovida pelo grupo Thyssen-Krup, que este ano deu enfoque à área de Materiais e Energia. Independentemente deste facto, penso que a energia solar, nas suas diferentes vertentes tem um papel de elevada relevância. Em termos de energia fotovoltaica penso que uma nova cultura na área da construção civil e arquitectura é necessária, com utilização de telhados e fachadas solares e ligação directa desta fonte de energia à rede, como forma de optimizar custos de instalação e promover bem-feitorias sociais, nomeadamente que a "energia que tenho me é também rentável, em termos monetários".

Em Portugal, há falta de apoios à investigação ou falta de capacidade para os justificar?
Penso que falta uma politica integrada de investigação e parceiros industriais que queiram realmente investir, em termos de médio e longo prazo... Normalmente os investidores pretendem o lucro a curto prazo. Nesta área tal não é possível. Lembro que este ano, a procura do fotovoltaico, em termos mundiais foi muitíssimo superior à oferta.

Que ilações tira de ter sido uma empresa holandesa e não portuguesa a associar-se ao "Alpha Solar"?
Penso que está na génese do que anteriormente disse, mais o facto de que falta uma cultura de inovação tecnológica real, no nosso País.

Como se convence uma empresa que comercializa energia a comprar ao habitual consumidor a sua produção caseira?
Estimulando-a com a realidade dos factos! O preço do petróleo continuará a subir em espiral e o gás é uma fonte altamente dependente da situação geopolítica! Para isso, será bom diversificar as suas fontes de energia actuais!

O que diferencia um Prémio Nobel (Nevil Mott, com quem trabalhou) de outro qualquer investigador?
O facto de ter tido uma ideia genuína, na fronteira do conhecimento e, que poderá trazer uma mudança radical na postura das nossas vidas, nas suas diferentes vertentes (tecnologia, interpretação do saber, formulação de critérios..., incluindo o nosso próprio bem-estar!)

 

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Editor
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Produção
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