José Maria da Fonte
Ferreira
“As hierarquias devem encarar as
lideranças naturais como uma mais valia.”
Ainda há lugar para uma concepção
vitoriana de “inventor”?
Eu acho que em todas as organizações, a “força
motriz” para a inovação direccionada
assenta em dois pilares essenciais:
1- Na capacidade de identificação de problemas
concretos que importa resolver, ou de objectivos alvo a atingir,
supostamente ambiciosos e desafiadores do engenho humano;
2- Considerando que o conhecimento é cada vez mais
diversificado, rápidos progressos na superação
do estado da arte só são possíveis com
base em equipas multidisciplinares.
Assim, é essencial criar, e manter aceso, um espírito
de equipa, abolir as alfândegas ao fluxo da informação
e, sobretudo, promover um debate franco de ideias, acabar
com o preconceito idiota de que as ideias são privilégio
só de alguns “iluminados” e ter atitude
aberta e disponibilidade para considerar outras opiniões.
As lideranças das ideias e dos projectos devem surgir
naturalmente desses debates e as hierarquias devem encarar
essas lideranças naturais como uma mais valia e não
como uma potencial ameaça, e aprender a geri-las e
a conviver com elas. Que caia a máscara de democraticidade
que emprestam a certos actos de tomada de decisão (muitas
vezes auto benéfica) e adoptem-se critérios
claros, sensatos e credíveis que possam perdurar por
longos períodos. Se as hierarquias não forem
capazes de exercícios tão simples como estes,
então demitam-se para o bem de todos.
A criação de climas propícios à
inovação faz com que nas sociedades mais desenvolvidas
a actividade inventiva ocorra nos dias de hoje a velocidades
estonteantes, frequentemente através de saltos incrementais
resultantes da recombinação dos conhecimentos
científicos e técnicos existentes, outras vezes
através de verdadeiros saltos qualitativos resultantes
de novas concepções de processos ou de produtos.
Nesta perspectiva, nas sociedades mais desenvolvidas já
quase não há lugar para o inventor individual,
a não ser que seja mesmo genial.
Em Portugal tem faltado a capacidade de identificar os problemas,
de apontar metas ambiciosas mas realistas, e de definir estratégias
para as atingir. Falta vontade, atitude e comprometimento
por parte dos vários actores sociais, começando
muitas vezes pelas hierarquias, especialmente quando o posto
é encarado como um objectivo em si mesmo e não
como um meio para alcançar objectivos mais ambiciosos,
ou deixando aos súbditos mais criativos essas tarefas
e o ónus de, sem bússola, descobrirem o rumo
do desenvolvimento, salvarem a honra da tripulação
e acrescentarem umas estrelas às condecorações
dos comandantes.
A “interdisciplinaridade” continua a ser letra
morta, apesar de ter sido defendida, pelas partes interessadas,
como pedra basilar para a criação de algumas
unidades de investigação de maior massa crítica,
e de ter sido “decretada” pela FCT como condição
para o seu financiamento. A maioria dos investigadores é
excluída do debate, se é que algum debate existe.
As decisões são tomadas por minorias de “iluminados”
que, sem outras considerações, decidem em proveito
próprio. Num clima assim, o indivíduo constitui
muitas vezes o último reduto da actividade inventiva,
tarefa extenuante, podendo faltar o folgo e as condições
para se chegar a soluções de comercialização,
qual náufrago que acaba por morrer na praia.
Em que é que a indústria
cerâmica pode ser inovadora?
Os produtos cerâmicos podem ser divididos em dois grandes
grupos: os cerâmicos tradicionais, e os cerâmicos
avançados. O primeiro grupo inclui variados tipos de
cerâmicos argilosos, e a inovação nesta
área ao longo das últimas décadas tem
sido notável, tanto ao nível dos processos como
dos produtos e do design. O pavimento e o revestimento são
casos paradigmáticos de inovação permanente.
Esta tendência já chegou ao sector dos sanitários,
especialmente em termos de design e de processos de fabrico
mais eficientes. Todos os anos se realizam feiras internacionais
ou mesmo mundiais onde são apresentadas as últimas
novidades de produtos, decorações, equipamentos.
Os italianos ainda são, porventura, os mais criativos
mas, mesmo em Portugal, já se encontram indústrias
muito agressivas em termos de inovação. A indústria
cerâmica em Portugal evoluiu muito com a entrada dos
engenheiros cerâmicos formados na Universidade de Aveiro.
Contudo, apesar de toda esta actividade inovadora, as indústrias
cerâmicas tradicionais atravessam hoje grandes dificuldades
derivadas dos fenómenos de globalização
e do custo crescente da energia. Neste meio altamente competitivo,
a inovação é mesmo uma questão
de sobrevivência e as empresas que não forem
capazes de inovar rapidamente desaparecerão do mercado.
Nesta área é também possível inovar
ao nível dos conceitos. A problemática ambiental
relacionada com a crescente acumulação de resíduos
industriais coloca novos desafios que a indústria cerâmica
tradicional pode e deve ajudar a resolver. O Departamento
de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de
Aveiro, CICECO, tem vindo a responder a estes desafios e a
propor soluções tecnológicas muito inovadoras
através da incorporação de diversos resíduos
inertes (cacos cerâmicos, e outros resíduos derivados
da indústria cerâmica, lamas derivadas do corte
de rochas naturais e ornamentais, refractários, lamas
derivadas de tratamentos de superfície de metais, etc.)
em formulações cerâmicas, muitas vezes
como componentes maioritários, contribuindo assim de
forma significativa para a preservação de recursos
naturais não renováveis (as matérias
primas), limpar o meio ambiente e poupar energia através
do abaixamento das temperaturas de cozedura. Tudo isto tem
sido possível sem baixar, e muitas vezes mesmo melhorando,
a qualidade final dos produtos, ou permitindo a concepção
de novos produtos baseados em resíduos. O uso inteligente
de alguns resíduos contaminados com óxidos de
metais de transição, permite aumentar a palete
de cores oferecidas ao mercado e substituir alguns corantes
(os componentes mais caros) em pastas de pavimento e revestimento,
incluindo as de grés porcelânico. Algumas soluções
estão a ser transferidas para a indústria. A
viabilidade de incorporar até cerca de 50% de caco
de porcelana vidrado em pastas de porcelana já foi
demonstrada com muito sucesso, e nem os maiores peritos nesta
área específica foram até agora capazes
de distinguir entre peças feitas com a pasta virgem
e peças contendo caco reciclado.
No campo dos cerâmicos avançados a evolução
associada aos materiais e às tecnologias tem sofrido
uma aceleração muito rápida nas últimas
décadas. O exemplo mais óbvio é o dos
materiais destinados à microelectrónica, como
os transístores simples. As velocidades de desenvolvimento
associadas a novos materiais e a tecnologias de processamento
têm sido estonteantes, ditadas pela forte tendência
para a miniaturização dos componentes e dos
dispositivos. A este propósito, D.A. Taylor (Materials
Australia, Vol. 33, No. 1, pp. 20-22 January/February 2001)
refere que se a indústria automóvel tivesse
tido um desenvolvimento tão acelerado como a indústria
dos computadores, os carros hoje deveriam ser capazes de percorrer
milhares de quilómetros com um litro de gasolina, e
não deveria custar mais do que 25 dólares americanos.
Os maiores avanços em toda a história da humanidade
em termos de materiais cerâmicos ocorreram no século
20, a par de avanços paralelos na área da metalurgia,
numa busca constante de processos mais rápidos e eficientes
e de menor custo ou mais amigos do ambiente. Os requisitos
são cada vez mais exigentes, devendo os materiais ser
capazes de operar a temperaturas ou velocidades cada vez mais
elevadas, ter tempos de vida útil mais longos, requerer
menores custos de manutenção, etc. Dada a natureza
frágil dos cerâmicos, a inovação
nesta área têm-se centrado no desenvolvimento
de técnicas de processamento avançadas e do
equipamento para os produzir, dando ênfase especial
ao desenho da microestrutura (redução do número
e do tamanho dos defeitos, do tamanho de grão –
exemplo, nanomateriais). Por vezes a combinação
adequada de diferentes materiais pode apresentar melhor desempenho,
justificando o desenvolvimento de materiais compósitos.
O Space Shuttle é um exemplo típico de uma boa
aplicação de materiais avançados.
O Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da
Universidade de Aveiro, CICECO, é já uma referência
internacional na área de materiais diversos. Na área
do processamento avançado de materiais cerâmicos
e compósitos, o grupo de investigação
que lidero fez alguns dos maiores avanços na superação
do estado da arte ao nível mundial. Um exemplo disso
é o processamento do nitreto de alumínio (AlN)
em meio aquoso, cujos maiores desafios consistiram em inibir
as reacções de hidrólise entre a superfície
das partículas de AlN e a água e, simultaneamente,
conseguir elevados graus de dispersão das partículas.
Os corpos de AlN podem ser conformados por técnicas
por via húmida ou por prensagem a seco de pós
granulados a partir das suspensões aquosas. A homogeneidade
dos corpos em verde é tal que a sinterização
(cozedura) pode ser feita a temperaturas cerca de 150ºC
inferiores às tradicionalmente usadas em corpos processados
a partir de meios orgânicos, os quais têm os inconvenientes
de serem caros, poluentes, e de colocarem sérios riscos
de saúde e segurança no trabalho. Outro exemplo
interessante foi o desenvolvimento de cerâmicos de α-SiAlON
reforçados in situ com grãos alongados
por sinterização sem pressão aplicada,
com valores de tenacidade à fractura semelhantes ao
da fase ß-SiAlON (dureza de 15-16 GPa), mas com os valores
de dureza típicos da fase α (20-22 GPa).
A área dos biomateriais para implantes e engenharia
de tecidos (biocerâmicos, biovidros, materiais híbridos)
densos ou com “porosidade feita por medida” é
outra área em que temos feito progressos muito interessantes
em termos de desenvolvimento de novas composições
e de técnicas de processamento emergentes. Uma nova
empresa (ÁgoraMat) na área dos biomateriais
foi criada com pessoas do meu grupo de investigação
para responder a necessidades actuais do mercado, e para desenvolver
novos produtos. Está também em preparação
um projecto Neotec que pretende explorar uma técnica
nova de processamento de materiais cerâmicos ou metálicos
a partir de suspensões de pós. Trata-se de uma
técnica limpa e verdadeiramente revolucionária,
capaz de conformar componentes de formas complexas e de dimensões
variáveis, incluindo grandes dimensões, para
as quais as tecnologias actuais não têm resposta.
Em que áreas é que Portugal
poderia ser tão bom ou melhor do que os outros países?
Eu não tenho uma visão muito clara acerca do
panorama nacional em todos os domínios científicos.
Essa não tem sido a minha ocupação, pelo
que tenho alguma dificuldade em responder por áreas
com as quais não estou suficientemente familiarizado.
Há, contudo, quem já tenha feito esse tipo de
levantamentos. Por exemplo, o capítulo terceiro do
Ciência Outlook 2004 Rumo à Sociedade do
Conhecimento (de Alexandre Caldas, Cremilde Santos, Joana
Leal, Manuel Silva, Paulo Carrasqueira e Susana Jorge) considera
cinco áreas de Ciência e Excelência em
Portugal (Ciências e Tecnologias do Mar, as Ciências
da Saúde, as Ciências e Tecnologias do Ambiente,
a Biotecnologia e Genética Molecular e as Tecnologias
da Informação e Comunicação) as
quais, segundo os autores, poderiam constituir apostas estratégicas
a fazer de forma a tornar Portugal competitivo à escala
internacional. A área dos materiais não é
ali referida, mas é obviamente uma outra área
de importância estratégica. Sem pretender excluir
outras ideias potencialmente interessantes que certamente
existem ao nível nacional na área dos materiais,
mas tão somente servir-me do exemplo dado na resposta
à pergunta anterior (técnica de conformação
de materiais cerâmicos ou metálicos limpa e verdadeiramente
revolucionária), eu não teria dúvidas
em tornar esta ideia num grande projecto nacional se eu tivesse
o ónus de decidir acerca de apostas estratégicas
para Portugal. A transformação desta ideia num
projecto tornará a moldagem por injecção
tradicional completamente obsoleta e abrirá novas fronteiras
para o desenvolvimento tecnológico.
De acordo com projecções
feitas, o mercado global dos produtos metálicos
conformados por moldagem por injecção terá
um crescimento de cerca de 8,4% ao ano desde 382 milhões
de dólares americanos em 2004 para cerca de 571 milhões
de dólares no ano de 2009. O mesmo relatório
refere que o mercado Japonês será aquele com
a maior taxa de crescimento (10.6%), devendo atingir um valor
de 185 milhões de dólares em 2009. O mercado
americano tem um crescimento previsto de 7.2% ao ano devendo
atingir os 240 milhões de dólares em 2009. Os
mercados do resto da Ásia (incluindo a China) e da
Europa crescerão a uma taxa de 7.9% ao ano, atingindo
valores de 35 e de 111 milhões de dólares em
2009, respectivamente.
Outra fonte
estima um valor de 2.3 biliões de dólares para
o Mercado Norte Americano de cerâmicos estruturais avançados
em 2005, o qual deverá crescer a uma taxa de cerca
de 5.8% ao ano, atingindo cerca de 3 biliões de dólares
em 2010.
Estes dados mostram que o potencial desta ideia é enorme
e que um projecto destes poderia estar para Portugal como
a Nokia está para os países Escandinavos.
Que características individuais
garantem um bom desempenho nos domínios da Tecnologia
e Inovação?
Um bom desempenho nos domínios da Tecnologia e Inovação
é melhor conseguido com uma boa equipa do que individualmente.
As valências necessárias são de ordem
tão variada (Ciência dos Materiais, Engenharia,
Design, Moldelação, Gestão Administrativa,
Marketing, Gestão de Pessoal, etc.) que dificilmente
se encontram reunidas num só indivíduo, embora
alguns indivíduos mais dotados possam reunir um bom
compromisso entre todas elas. O bom êxito depende obviamente
das características individuais e incluem: curiosidade,
espírito de observação, gosto pela mudança,
nunca encarar as coisas como definitivas, o gosto pela experimentação,
a capacidade de combinar ideias, visão de longo prazo
e capacidade de antecipação, uma certa dose
de anarquia, capacidade de sonhar, de gostar das outras pessoas
e de desafiar o status quo, etc.. Tratando-se de
uma equipa, os membros devem ter formações distintas
mas complementares, serem capazes de discutir objectivos,
de avaliar o potencial de ideias novas, terem um bom relacionamento
pessoal e uma boa liderança, e tomarem decisões
consentâneas com os objectivos a atingir. O debate de
ideias num clima propício é a chave do sucesso.
Quais os critérios que deviam
prevalecer na avaliação de trabalhos para prémios
de investigação?
O importante na atribuição de prémios
de investigação é que os critérios
sejam claros, de algum modo mensuráveis ou quantificáveis,
sejam estabelecidos a priori e procurem distinguir
pela positiva. O prémio de Estímulo à
Excelência da FCT está de acordo com esta filosofia,
sendo, por isso de louvar. É um exemplo que deveria
ser mais generalizado para estimular o desempenho dos cidadãos
nos diversos sectores de actividade. A falta de métricas
e a igualização por baixo conduzem a desempenhos
medíocres e a uma cultura de laxismo. Quando todos
recebem exactamente o mesmo em termos de salário ou
de reconhecimento público, muitos interrogam-se porque
é que se hão-de esforçar mais do que
outros?
Na vida académica e no mundo da investigação,
a existência de métricas credíveis seria
essencial não só para estimular o desempenho
nas suas várias vertentes (ensino, investigação,
transferência tecnológica) mas também
para disciplinar a progressão na carreira, actualmente
muito dependente de um poder discricionário e obscurantista,
o qual é um dos factores de maior perturbação
e de descrédito no sistema.
Tanto quanto é do meu conhecimento, em Portugal a vertente
da transferência tecnológica não é
normalmente tida em conta na avaliação do desempenho
dos investigadores. Este é um sinal completamente errado!
O conhecimento é publicado na literatura aberta e,
se tiver viabilidade de comercialização, será
cuidadosamente estudado, convenientemente modificado, patenteado
e explorado nos países mais desenvolvidos, sem nenhum
retorno directo para Portugal. Não se pode continuar
a pedir aos contribuintes Portugueses que paguem os custos
de projectos de investigação, descurando os
aspectos da exploração em Portugal dos resultados
desses estudos. É isso que cria empregos e riqueza.
Por isso, é urgente que esses critérios de avaliação
do desempenho se alterem rapidamente e que à transferência
de tecnologia seja dada a importância que merece.
Qual a influência da ética
chinesa na sua concepção da Vida? (“Se
não sabemos para onde vamos, todos os ventos são
favoráveis”; “Um mapa de nada nos servirá,
se não sabemos para onde queremos ir”.)
Estes ditados chineses encerram uma grande sabedoria, e significam
que sem estratégia não se chega a lado nenhum.
Os chineses são muito pragmáticos. A sua estratégia
de se tornarem numa das maiores potências económicas
ao nível mundial, foi definida há algumas décadas
e tem vindo a sofrer alguns reajustamentos. O crescimento
anual da economia chinesa cifra-se nos dois dígitos
e com o fenómeno da globalização a economia
Europeia (e não só) sente-se deveras ameaçada
e tenta sobreviver e fazer face a esta situação
com medidas paliativas. Ora a China com um número de
habitantes cerca de 130 vezes superior ao de Portugal e com
uma área territorial cerca de 108 vezes superior à
nossa, é certamente um país mais difícil
de governar do que Portugal. Por outro lado, os países
nórdicos com uma densidade populacional mais baixa,
têm que enfrentar a dureza do clima, e estão
entre os países mais desenvolvidos. Portanto, nós
os portugueses estamos nesta situação porque
queremos, porque ainda não decidimos mudar, porque
colectivamente somos muito preguiçosos, e porque D.
Sebastião ficou de vir numa manhã de nevoeiro
e ainda não deu as caras.
A definição de uma estratégia nacional
não se faz com uma varinha mágica em épocas
eleitorais. É preciso querer realmente mudar as coisas,
e isso pode ser meio caminho andado. O governo precisa de
uma boa capacidade de liderança para promover e animar
um debate sério e honesto entre todas as forças
vivas da sociedade, o qual deve ir impregnando os vários
níveis de organização social. Todos os
cidadãos devem ser mobilizados para os grandes desígnios
nacionais. Os partidos políticos devem dar o exemplo,
contribuindo para o estabelecimento de pactos de regime para
as grandes questões nacionais. Esta mudança
de atitudes criará a ambiência propícia
a um aumento da auto-estima e da disciplina nas relações
interpessoais e entre os cidadãos e as instituições.
É importante que à frente das instituições
sejam colocados profissional tecnicamente competentes. A Agência
de Inovação tem sido um bom exemplo disso. O
Professor Doutor Borges Gouveia da Universidade de Aveiro,
enquanto Director da Agência de Inovação,
imprimiu-lhe uma dinâmica muito interessante. Por isso
a sua substituição naquele cargo não
foi bem percebida nos meios académicos e científicos.
É desejável que as boas práticas continuem
e que a equipa que vier a seguir faça mais e melhor,
se possível. O Primeiro Ministro semeou o discurso
da esperança durante a campanha para as legislativas,
e prometeu um choque tecnológico. Ficamos à
espera que as promessas se concretizem e que os Portugueses
decidam de uma vez por todas tomar o destino em suas mãos.
Finalmente, é necessário apostar em sectores
que apresentem maior potencial de crescimento, de criação
de riqueza e bem estar social. |