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#11| 10 Outubro 05
 

Nasceu em Coimbra em 1963 tendo efectuado a sua formação académica em Lisboa, no Instituto Superior Técnico.
Actualmente é Investigadora Auxiliar e Directora da Unidade de Energia Eólica e dos Oceanos do INETI.
Começou a sua actividade de I&D nesta área em 1985 com o estudo e operação da primeira turbina eólica instalada em Portugal, na zona de Sintra.
Os interesses de investigação passam pela modelação dinâmica de turbinas e parques eólicos, tema sobre o qual se debruçaram as suas Teses de Mestrado e Doutoramento, bem como inúmeras publicações. Mais recentemente a área de investigação alargou-se ao desenvolvimento de metodologias para a caracterização do potencial energético do vento em terrenos complexos e à caracterização do potencial eólico sustentável em Portugal.

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Ana Estanqueiro
“O que me renova cada dia, é saber que posso contribuir para um futuro melhor, mais limpo e mais amigo do ambiente.”

O que lhe diz o vento?
Depende... Na praia diz-me que são horas de ir embora! Agora a sério, diz-me que podemos construir um futuro melhor para os nossos filhos, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, recorrendo à contribuição de fontes energéticas renováveis e não poluentes. Tendo a noção que a produção de energia eléctrica é uma actividade que, em maior ou menor grau, tem sempre impacto ambiental, saber que do vento posso extrair parte da energia que uso todos os dias – e sem a qual não posso viver – é um grande conforto nos nossos dias tão agitados por secas, furacões e outros fenómenos que cada vez mais se associam ao impacto da actividade humana na Natureza.

O que renova cada dia?
Esta pergunta é um bocadinho filosófica... e eu sou engenheira, torna-se difícil. Numa perspectiva pessoal, o que me renova cada dia e me dá energia para continuar, é saber que posso (humildemente) com o meu trabalho e contínuo empenhamento contribuir para um futuro melhor, mais limpo e mais amigo do ambiente. Numa perspectiva energética, é evidente que o que se renova cada dia (e cada hora, minuto, segundo...) são as ditas “energias renováveis”!

O que acha da transacção de créditos de emissão entre Estados?
Existem coisas que melhor é não “achar” demasiado. É isso mesmo que eu acho da transacção de emissões. Estou à espera (sentada) para ver o que se passa. Pode vir a ser muito bom e um factor de desenvolvimento, para quem vende e para quem compra, mas pode também tornar-se num pesadelo, que leve a que os “ricos”, poluidores paguem qualquer coisa aos “pobrezinhos” para se sentirem melhor com a sua consciência. A ver vamos, como diz o cego...

Atingir objectivos ambientais implica a cooperação dos actores sociais no contexto dos mecanismos de mercado?
Concordo. Mas parece-me que não é só atingir objectivos ambientais que o exige. Atingir objectivos económicos, sociais e de desenvolvimento em geral, exige igualmente a cooperação de todos. Infelizmente, tem-se visto pouco, por cá...

São moínhos ou são gigantes?
São moínhos gigantes...
De facto são turbinas eólicas de enormes dimensões, tão grandes que a maioria das pessoas nem se apercebe do tamanho real destes equipamentos. Se pensarmos que a maior parte das turbinas que podemos observar em Portugal têm os rotores instalados a mais de 60 m do chão e que isto é a altura média de um prédio de 20 andares, até podemos concluir que nem têm muito impacto visual, pois não? Imaginem no mesmo local um prédio com essa altura...

 

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